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Uber sob pressão sindical por ferir direitos dos trabalhadores

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Eles exigem que os governos mantenham as regulamentações de taxi existentes no interesse de passageiros e profissionais.

O evento no dia 19 de abril foi presidido por Mike Hedges, da United, e entre os palestrantes estavam o secretário geral de transporte interno da ITF, Mac Urata; Frank Moreels, presidente da BTB Bélgica; o presidente da Unifor Canada, Peter Kennedy; e Karim Asnoune, representante da CGT Paris para os motoristas de taxi.

Os painelistas explicaram como a Uber contorna a regulamentação e porque eram necessárias regras iguais para todos, com as mesmas normas e leis sendo aplicadas a todas as empresas de transportes, incluindo a Uber. Disseram que os motoristas da Uber são obrigados a trabalhar por horas a fio a fim de cobrir os custos com gasolina, tarifas e custos com o carro, não tendo licença médica remunerada ou plano previdenciário, podendo ser demitidos sem aviso prévio – e que isso tinha impacto negativo sobre os trabalhos regulamentados e a segurança dos passageiros.

Eles assinalaram campanhas sindicais bem-sucedidas de organizações de empregadores, entre outras, que haviam logrado restringir ou banir os serviços da Uber em lugares como Paris, Bélgica e Reading, no Reino Unido.

O conselho executivo da ITF, nos dias 21 e 22 de abril, fez uma moção em apoio às manifestações contra a Uber pelos sindicatos de taxistas da Argentina e de outros lugares. Ele conclama os governos nacionais para estabelecerem um compromisso de manter, promover e melhorar a regulamentação da indústria dos taxis, as leis de segurança pública e os padrões trabalhistas em benefício dos motoristas de taxi, de forma a que todas as empresas de transporte operem dentro do mesmo marco regulatório e jurídico.

Mac Urata comentou: "A ITF e os seus membros não se opõem à inovação. De fato, acreditamos que a inovação irá melhorar a indústria do taxi tanto para motoristas como para passageiros."

"Aquilo a que nos opomos é o “Efeito Uber” sobre as condições de trabalho – fazendo regredir padrões trabalhistas, os direitos à ação coletiva e um salário que dê para viver, contribuindo para que o trabalho se torne cada vez mais casual."

Leia a moção da ITF em Inglês ou Espanhol.

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