A segunda reunião da ITF Sobre a Uber, que se deu em Antuérpia, na Bélgica, nos dias 20 e 21 de setembro, atraiu 37 sindicalistas de 19 países, incluindo América do Norte, América do Sul, África do Sul e os sindicalistas da Europa. A eles, juntou-se a O Sindicato Internacional do Transporte Rodoviário (IRU), assim como um membro do Parlamento Europeu.
Frank Moreels, presidente do BTB da Bélgica e vice-presidente da seção de transportes rodoviários da ITF, declarou que Uber e demais modelos baseados em aplicativos da internet se promovem perante os passageiros como inovadores, mas se baseiam em desregulamentação, desestabilização e desrespeito aos trabalhadores, ignorando a legislação e sonegando tanto imposto quando contribuição previdenciária”.
E disse mais: "A Uber age como um “empregador Escondido”. Assim como faz com os clientes, comunica-se com os trabalhadores por e-mail e mensagem de texto. Os motoristas da Uber são selecionados e demitidos por e-mail e os contratos são assinados eletronicamente".
"Mas os operadores tradicionais de taxi precisam ser melhores no que fazem em termos de respeitar seus motoristas e inovar a fim de atender às expectativas dos passageiros, caso queiram enfrentar os desafios apresentados pelo modelo de negócios da Uber”.
Os participantes falaram de suas experiências de conquistas contra a Uber em cidades como Austin, Texas, nos Estados Unidos; Bruxelas, na Bélgica; Buenos Aires, Argentina; e Copenhagen, na Dinamarca. Mas concordaram com que a Uber tem capacidade de influenciar políticos de forma a encontrar maneiras de entrar novamente nas cidades de onde foi banida, o que torna a partilha de informações essencial para acompanhar as ações da empresa ao redor do mundo.
Bhairavi Desai, da Aliança dos Taxistas de Nova York, disse que é vital que a voz dos trabalhadores seja ouvida primeiramente nos embates econômicos que têm se dado na indústria dos taxis e que se conquiste a confiança dos taxistas no desenvolvimento de campanhas sindicais. Os sindicatos precisam compartilhar estratégias baseadas em princípios universais para proteger os trabalhadores contra o modelo empresarial predatório da Uber, destruidor do trabalho em tempo integral mediante a sua substituição por um “bico precário”.
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