A Federação Internacional dos Trabalhadores em Transportes (ITF), a Federação Europeia dos Trabalhadores em Transportes (ETF) e sindicatos filiados do setor da aviação civil solidarizam-se com suas greves.
Em dezembro último, sob intensa pressão de trabalhadores e sindicatos, a Ryanair finalmente anunciou que reconheceria os sindicatos. Contudo, o progresso desde então tem sido insuportavelmente lento. Um punhado de sindicatos em alguns países conquistou direitos de negociação coletiva, mas não houve avanços concretos em termos de pagamento e condições de trabalho.
Além disso, quando vocês e seus colegas publicaram a Carta da Tripulação da Ryanair em 4 de julho, a companhia imediatamente a denunciou como “sem sentido”. As reivindicações contidas na carta representam os padrões básicos aos quais vocês todos estão intitulados. Todavia, a não ser que a empresa tenha a intenção de ir até o final e satisfazer padrões tão simples, os direitos de negociação coletiva não farão mais sentido.
A ITF e a ETF já alertaram a Ryanair a respeito de obstruir o seu direito fundamental de greve. Ao mesmo tempo em que um memorando da empresa declara que nenhuma trabalhador sofrerá retaliações por fazer greve, a Ryanair também fez circular uma enquete perguntando aos trabalhadores a respeito de suas intenções para os dias 25 e 26 de julho. Isto pode ser entendido como intimidação dos seus direitos sindicais, e quaisquer tentativas de obstruir o direito de greve – incluindo a demissão de trabalhadores em greve e induzir outros trabalhadores a furar a greve – pode violar normas internacionais sobre Liberdade de associação.
Trabalhadores em Bélgica, Itália, Portugal e Espanha estão em greve porque suas vozes vêm sendo ignoradas pela empresa nesses países. Sabemos que vocês não tomaram essa decisão impensadamente, e apoiamos plenamente toda greve legal que seja necessária para obter um bom acordo com a Ryanair.
Post new comment