Os três marinheiros de Mianmar e os dois de Bangladesh, que continuam a ser submetidos a condições intoleráveis e ainda sofrem com o empobrecimento de suas famílias. A despeito do alto nível de intervenção diplomática, as autoridades dos estados de porto e de bandeira parecem incapazes ou indispostas a intervir a fim de impedir o sofrimento da tripulação como dano colateral da disputa comercial entre o dono em Bahrein e o estaleiro COSCO em Guangzhou, na China.
A ITF fez o arresto da embarcação em nome dos tripulantes, mas não se sabe quanto tempo levará o processo jurídico. Enquanto isso, ela tem dado apoio temporário às famílias, bem como mantimentos variados e suprimentos médicos para os tripulantes a bordo, mediante a muito bem-vinda colaboração da Câmara Internacional de Navegação (ICS), da Rede Internacional para a Assistência e o Bem-estar dos Marítimos (ISWAN), a Associação Internacional Marítima da Saúde (IMHA) e a Sociedade dos Marinheiros, que deu mil dólares a cada marinheiro.
Jason Lam, inspetor da ITF em Hong Kong, visitou a embarcação em 11 de julho e reportou que as condições de vida a bordo são ruins, sem qualquer ar condicionado quando a temperatura do lado de fora estava a 33ºC, forçando os marinheiros a usarem ventiladores para se refrescarem. Ele acrescentou que um dos marinheiros de Mianmar é hipertenso, um outro está com dor de dente e que o tripulante de Bangladesh parece muito fraco em decorrência de um pé afetado pelo diabetes.
A coordenadora marítima da ITF, Jacqueline Smith, declarou: “Nossos fiscais têm feito tudo o possível para aliviar o fardo da tripulação, mas tem sido um paliativo para um mal que já está durando tempo demais.
“Exigimos que o dono do navio, assim como os estados de porto e de bandeira ajam para encontrar uma solução para essa contínua tortura de inocentes marítimos”.
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