Em 28 de agosto, a diretoria da estatal de transporte público (MSRTC) e o ministro dos Transportes anunciaram que as funcionárias grávidas da MSRTC receberiam `mais três meses` de licença maternidade remunerada, que também podem ser aproveitados durante a gravidez, além dos já existentes seis meses de licença maternidade remunerada.
Eles foram instados a agir face ao clamor público e dos meios de comunicação a respeito dos achados de uma enquete feita pelo MSTKS que fez uma amostragem aleatória com 400 das 5.000 mulheres do sindicato. A enquete revelou que mais de mais de um quarto das que haviam engravidado haviam sofrido aborto natural:
- 168 (42 por cento) das mulheres entrevistadas iam ao trabalho grávidas
- 138 (85 por cento) das funcionárias grávidas pediram por um trabalho leve ou de escritório
- Somente 60 desses pedidos (43 por cento) foram deferidos
- Das 78 mulheres cujos pedidos foram recusados, 48 (62 por cento) perderam o filho
O sindicato acredita que os altos índices de abortos naturais se devam ao trabalho exigir muito fisicamente, o que resulta em lesões causadas pela precariedade de vias e veículos.
Sheela Naikwade, organizadora das mulheres do MSTKS e coordenadora do projeto da ITF, disse: “Finalmente temos ação para tentar reduzir o número de interrupções de gravidez entre as motoristas de ônibus. Com o apoio da ITF, fomos capazes de convencer o ministro dos Transportes e a empresa a fazerem algo a respeito, o que foi uma grande conquista”.
Jodi Evans, representante da ITF para a igualdade entre trabalhadores em transportes, comentou ser esta uma grande vitória para uma minoria antes ignorada, e que era resultado de um ativismo sustentável e crescente de homens e mulheres lutando juntos por justiça e da coragem das trabalhadoras que ousaram falar de seus abortos.
A campanha ajudou o MSTKS a trazer centenas de mulheres para o ativismo sindical pela primeira vez e faze-las participar do sindicato em todos os níveis.
Leia os resultados da enquete do MSTKS – um achado foi que 94 por cento das entrevistadas relataram ter experimentado assédio sexual, com 84 por cento tendo reportado assédio por parte de superiores e demais colegas homens durante o serviço.
Leia mais sobre a campanha do MSTKS.
Veja mulheres motoristas falando de suas experiências neste curto vídeo (Marathi only).
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