Os sindicatos concordaram em suspender as greves programadas para 20, 22 e 24 de fevereiro em seguida ao anúncio do dia 15 de fevereiro de que seria adiada a apresentação de um decreto real sobre as reformas, de forma a que pudesse haver negociações entre os sindicatos e os empregadores com a mediação do governo.
As negociações começaram em 21 de fevereiro entre a associação patronal espanhola, a ANESCO, e os sindicatos e deverão ser retomadas em 28 de fevereiro. Os sindicatos hoje reportaram a medida antidemocrática do governo, a qual sabota as conversações, e preocupam-se com que a intenção do governo seja que o conselho de ministros aprove o decreto real amanhã, apesar das negociações em andamento. Os sindicatos descrevem a proposta de lei como “danosa à indústria portuária espanhola e extremamente nociva aos legítimos direitos dos trabalhadores”. Ela também ignora acordos recentes entre a ANESCO e os sindicatos.
O chefe da seção de portuários da ETF, Terje Samuelsen, declarou: “Esta lei visa a, de maneira agressiva e destrutiva, liberalizar o mercado trabalhista portuário e vai mesmo além do que se requer para alinhar o sistema às regras da União Europeia. Se nossos sindicatos são forçados a entrar em greve, nós os apoiamos e juntamos forças com todos os outros sindicatos de portuários”.
O presidente da ITF, Paddy Crumlin, comentou que as federações esperavam que o governo tivesse bom senso e buscasse um acordo com os sindicatos, mas que, em vez disso, havia perdido a confiança dos sindicatos. Ele acrescentou que os portuários não permitiram que essas reformas nocivas passassem por cima de tudo e pediram que a família ITF continuasse apoiando-os.
Muitos sindicatos da ITF/ETF já manifestaram seu apoio aos portuários espanhóis, e as federações repetem o seu chamado conjunto para que todos os sindicatos de portuários enviem uma carta ao ministro da Infraestrutura da Espanha, comprometendo-se a ‘apoiar os portuários espanhóis por todas as vias legais’ se o governo não agir.
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