A Federação Internacional dos Trabalhadores em Transportes (ITF) expressa sua profunda consternação com a escalada da violência em Gaza e Israel, e condena os ataques a civis de ambos os lados, pelo Hamas e pelas forças israelenses.
Pedimos urgentemente o respeito às leis internacionais e o compromisso de todas as partes em proteger a vida dos civis, e nos unimos à comunidade internacional para pedir que todas as partes e os principais países da região reduzam a intensidade do conflito para evitar mais derramamento de sangue.
Mesmo diante da ocupação ilegal e de um bloqueio de 16 anos em Gaza, há obrigações previstas na lei humanitária internacional que devem ser cumpridas. Condenamos os ataques indiscriminados contra civis e a tomada de reféns civis pelo Hamas e outros grupos armados, o que constitui crimes de guerra de acordo com a lei internacional.
Também condenamos os ataques de retaliação das forças israelenses, incluindo o bombardeio a prédios residenciais e infraestrutura civil pelas Forças de Defesa de Israel. A intenção declarada de Israel de impor um cerco completo a Gaza, o que inclui o corte do fornecimento de eletricidade e água, equivale a uma punição coletiva, uma grave violação ao direito internacional humanitário.
De acordo com os últimos relatórios, a situação é desesperadora. O ataque retaliatório de Israel a Gaza resultou na trágica perda de centenas de vidas e em milhares de feridos, de acordo com o Ministério da Saúde da Palestina. Ao mesmo tempo, o número de mortos em ataques do Hamas também já está na casa das centenas, e o Ministério da Saúde de Israel informou que milhares de pessoas foram hospitalizadas após ataques de grupos armados palestinos.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, pediu o máximo de moderação e apelou por “todos os esforços diplomáticos (...) para evitar um conflito ainda maior”.
Juntamente com a CSI, a ITF apela para que todas as partes e a comunidade internacional ajam em prol da paz. A ITF também pede a libertação imediata e incondicional de todos os reféns civis, nos termos das leis internacionais.
“Estendemos nosso pesar e solidariedade às famílias das vítimas, uma vez que o número de mortes de civis continua aumentando, ao mesmo tempo em que reconhecemos o contexto histórico e as causas fundamentais que contribuíram para a crise atual - incluindo o bloqueio de 16 anos a Gaza e suas consequências devastadoras”, declarou o presidente da ITF, Paddy Crumlin. “Esse longo bloqueio, juntamente com o aumento da violência e das tensões na Cisjordânia ocupada e a contínua opressão do povo palestino, continua sendo a questão principal. O único caminho viável para a paz definitiva é o fim dessa ocupação ilegal e a solução de dois Estados.”
O secretário-geral da ITF, Stephen Cotton, afirmou: “A ITF clama à comunidade internacional que tome medidas imediatas para reduzir a escalada da situação e evitar mais perdas de vidas inocentes. Pedimos a todas as partes envolvidas que estabeleçam um diálogo e uma diplomacia relevantes para encontrar uma solução pacífica para esse conflito que já dura muito tempo.”