28 de março de 2023, Copenhagen
Sindicatos representando empregados da maior empresa de navegação do mundo listada na bolsa estão hoje em Copenhagen para entregar a mensagem dos trabalhadores diretamente na sede da Maersk enquanto a empresa registra um lucro recorde de US$29 bilhões.
Sindicatos de vários países, como os Países Baixos, Estados Unidos e Austrália, apresentarão sua avaliação do desempenho do Grupo Maersk nas principais questões trabalhistas em todas as operações da empresa dos últimos 12 meses, incluindo:
- Nove trabalhadores e contratados da Maersk morreram no trabalho em 2022
- A tentativa da divisão de rebocadores Svitzer da Maersk de cortar o salário dos trabalhadores em 47% na Austrália
- A Svitzer está também enfraquecendo os salários e condições na Argentina através de terceirização
- A Maersk está violando seus próprios valores ao se recusar em negociar coletivamente com os sindicatos
- A Maersk reduziu o uso da palavra “sindicato” em seu Relatório Anual de 2023
- Pesquisadores recentemente descobriram que a Maersk paga uma alíquota fiscal muito inferior a de seus trabalhadores
“Ao recusar a negociação coletiva com os sindicatos, a Maersk está violando seus próprios valores, segundo os quais a empresa se compromete a defender este importante direito humano e trabalhista”, disse Jacqueline Smith, coordenadora marítima da Federação Internacional dos Trabalhadores em Transportes (ITF). A ITF é uma federação sindical de trabalhadores em transportes que representa empregados e contratados da Maersk. Eles são marítimos, portuários, trabalhadores de rebocadores e empurradores, e de logística.
“Continuamos preocupados que a Maersk permita que gerentes nos países onde opera, como aqueles responsáveis pela Svitzer Australia e Svitzer Argentina, ridicularizem os valores da Maersk. Não se pode ter um conjunto de valores na hora de comercializar uma marca como progressista em questões trabalhistas e de mudanças climáticas na Europa e definir outros valores na hora de tratar os trabalhadores do outro lado do mundo. Os clientes, assim como os sindicatos, esperam consistência nos negócios como um todo.”
A assembleia geral anual da empresa este ano será somente remota, com a desculpa de que a empresa de 40 bilhões de dólares não conseguiu organizar uma reunião presencial em meio a sua restruturação interna. Consequentemente, os sindicatos estão sendo convidados pela administração da Maersk a entregar suas preocupações por escrito para a empresa, em vez de fazer sua declaração trabalhista, como aconteceu nos anos anteriores.
“Mesmo a empresa tendo mudado sua AGM deste ano para o formato online e impedido os acionistas, incluindo sindicatos detentores de ações, de falarem sobre suas preocupações normalmente, nós viemos a Copenhagen entregar nossa mensagem pessoalmente”, disse ela.
“A Maersk precisa saber que em tempos bons e ruins, a voz dos trabalhadores é constante. Estaremos sempre aqui como um amigo crítico: responsabilizando-a por seu desempenho e conduta com os trabalhadores que mantêm suas cadeias de suprimentos em movimento”, disse Smith.
Os dinamarqueses esperam uma abordagem de direitos consistente
Karsten Kristensen, presidente da rede sindical da Maersk da ITF e presidente adjunto do Grupo de Transporte do sindicato dinamarquês 3F, disse que os acionistas e o público no país de origem da Maersk esperavam que a emblemática empresa dividisse o sucesso com seus trabalhadores e entre toda a comunidade.
“A AGM de hoje revela de forma clara que o Grupo Maersk faturou 29 bilhões de dólares no ano passado. É uma enorme quantidade de dinheiro. Esse sucesso precisa ser um sucesso compartilhado, tanto com seus trabalhadores como com a sociedade”, disse Kristensen.
“Grandes lucros trazem grandes responsabilidades. Esta é uma época de vacas gordas e a Maersk não tem desculpa a não ser honrar seus valores em todos os cantos do planeta. Na Dinamarca e no exterior.”
Os comentários de Kristensen foram feitos à luz da recente notícia de que a empresa paga uma alíquota fiscal inferior a de seus trabalhadores em muitos dos países onde opera, inclusive na Dinamarca. Uma pesquisa do centro de transparência fiscal CICTAR descobriu que um trabalhador que ganha uma renda média na Dinamarca paga 13 vezes a alíquota de imposto paga pela Maersk.
“Por mais um ano, ficamos consternados ao ouvir de nossos colegas australianos que a administração da Svitzer Australia continua a fazer a lei para si mesma, cometendo os ataques mais inaceitáveis à negociação coletiva – todos em nome da ‘Maersk’.”
Agora, mais do que nunca, a Maersk precisa ouvir os trabalhadores
“Como a Svitzer, divisão de rebocadores e empurradores da Maersk, pode negociar um aumento salarial justo de mais de 10% com seus trabalhadores no Reino Unido, mas na Austrália estão tentando acabar completamente com o acordo coletivo de longa data de sua força de trabalho?” perguntou Kulsoom Jafri, coordenadora da rede da ITF para a Maersk e líder de campanhas marítimas.
“A consequência disso seria empurrar esses trabalhadores, heróis da pandemia, para o mínimo legal de compensação – safando-se com um número mínimo de tripulantes e arriscando vidas.”
“Com o futuro incerto do setor de navegação, agora, mais do que nunca, a Maersk precisa ouvir a voz dos trabalhadores quando apontamos preocupações.”
“A empresa comprou bilhões em ativos, adquirindo empresas em setores onde seus gerentes têm muito menos conhecimento do que a força de trabalho. Viemos a Copenhagen este ano, como todos os anos, porque as dezenas de milhares de empregados da Maersk falam por nós. E pedimos consistência por parte da AP Moller Maersk”, disse Jafri.
Sobre a ITF: A Federação Internacional dos Trabalhadores em Transportes (ITF) é uma federação democrática e liderada por afiliados de sindicatos de trabalhadores em transportes reconhecida como a autoridade em transportes líder no mundo. Lutamos apaixonadamente para melhorar a vida profissional; conectando redes de sindicatos e trabalhadores de 147 países para assegurar direitos, igualdade e justiça para seus membros. Somos a voz de quase 20 milhões de mulheres e homens que movem o mundo.
28. marts 2023, København
Fagforeninger, der repræsenterer ansatte i Mærsk, verdens største børsnoterede rederi, er i København i dag for at bringe klare budskaber direkte til Mærsks hovedkvarter i anledning af koncernens generalforsamling og virksomheden rekordstore overskud på 29 milliarder dollars.
Fagforeninger fra Holland, USA og Australien giver Mærsk en kritisk gennemgang af Mærsks præstationer på centrale arbejdsmarkedsspørgsmål gennem det seneste år på tværs af virksomhedens aktiviteter. Blandt andet:
- 9 ansatte hos Mærsk og Mærsks underleverandører dræbt ved arbejdsulykker i 2022
- Mærsks slæbebådsafdeling Svitzer forsøger at skære arbejdernes løn ned med 47 procent i Australien
- Svitzer underminerer lønninger og vilkår i Argentina ved at bruge underleverandører.
- Mærsk bryder sine egne værdier ved at nægte at forhandle kollektivt med fagforeninger
- Forskere har afdækket, hvordan Mærsk betaler en meget lavere skat, end Mærsks ansatte gør
"Ved at nægte at forhandle kollektivt med fagforeninger bryder Mærsk sine egne værdier. Værdier som ellers forpligter virksomheden til at overholdevigtige menneskerettigheder og arbejdstagerrettigheder,” siger Jacqueline Smith , der er Maritim Koordinator for Internationalt Transportarbejder Forbund (ITF).
ITF er en sammenslutning af transportarbejderforbund, der repræsenterer Mærsk-ansatte og ansatte hos Mærsks underleverandører. Især søfarende, havnearbejdere, søfolk på slæbe- og bugseringsskibe samt logistikarbejdere.
"Vi er fortsat bekymrede over, at Mærsk tillader landechefer som dem, der driver Svitzer i Australien og Svitzer i Argentina, at drive gæk med og omgå Mærsks egne værdier. Man kan jo ikke have ét sæt værdier, når man markedsfører sit brand i Europa som progressivt på arbejdsmarkedet og i forhold til at stoppe klimaændringer og et andet sæt værdier på den anden side af kloden, i forhold til hvordan man i virkelighedens verden behandler sine ansatte Kunder forventer, ligesom fagforeninger og ansatte, at tingene hænger sammen på tværs af Mærsks globale forretning."
ITF Maersk Network Coordinator Kulsoom Jafri said unions expected more consistency from AP Moller – Maersk, than could be seen in the last year from Maersk and its subsidiaries.
Mærsks årlige generalforsamling var kun online i år. Mærsk forklaring er, at virksomheden trods overskud på 40 milliarder dollar ikke er i stand til organisere en fysisk generalforsamling på grund af intern omstrukturering.
Derfor blev fagforeninger opfordret af Mærsk-ledelsen til at forklare deres bekymringer skriftligt til virksomheden i stedet for at tale på generalforsamlingen, som det er sket i tidligere år.
"Selvom Mærsk har flyttet deres generalforsamling online i år og derved forhindrer aktionærer, herunder fagforeninger med aktier, i at forklare om vores bekymringer på normal vis, er vi kommet til København for at levere vores budskab personligt," siger Jaqueline Smith.
“ Mærsk skal vide, at i gode tider og i dårlige tider er arbejdernes stemme konstant. Vi vil altid være her for at være en kritisk ven, der holder Mærsk til regnskab for koncernens præstationer og adfærd over for de mennesker, der med deres arbejdskraft holder Mærsks forsyningskæder i gang,” siger Jaqueline Smith.
Danskerne forventer en konsekvent rettighedstilgang
Karsten Kristensen, formand for ITF's Maersk-netværk af fagforeninger og næstformand for 3F Transport, supplerer og forklarer, at både aktionærer og offentligheden i Mærsks hjemland forventede, at virksomheden deler sin succes med både sin egen arbejdsstyrke og bredt ud i samfundet.
"Dagens generalforsamling afslører sort på hvidt, at Mærsk Group opnåede et overskud på 29 milliarder dollars i det seneste år. Det er et enormt beløb. Den succes skal være en fælles succes. Både for Mærsk, for Mærsks ansatte og for samfundet,” siger Karsten Kristensen.
ITF Maersk Network chair and Deputy Chairman of Transport Group at Danish union 3F, Karsten Kristensen. He says one death is too many, yet nine workers and subcontractors have died in the employ of Maersk Group in the last year.
”Med stort overskud følger stort ansvar. Det er nu gode tider, hvor Mærsk ikke har nogen undskyldning for at leve op til sine egne værdier. I Danmark og i alle andre hjørner af kloden”, siger Karsten Kristensen.
Kommentaren kommer i kølvandet på de seneste nyheder om, at Mærsk betaler en langt lavere skat end arbejdere i mange af de lande, den opererer i, herunder Danmark. Forskning foretaget af skattegennemsigtighedscentret CICTAR viste , at en arbejder, der tjener en gennemsnitsindkomst i Danmark, forholdsvis betaler 13 gange mere i skat, end Mærsk betaler.
"I endnu år er vi endnu engang chokerede over, at vi må høre fra vores australske kolleger, at Svitzer Australiens ledelse fortsat laver regler for sig selv og der begår de mest uacceptable angreb på kollektive forhandlinger – alt sammen i "Mærsks" navn”, siger Karsten Kristensen.
MUA Assistant National Secretary Jamie Newlyn has been in Copenhagen as part of the ITF Maersk Network. Maersk-owned Svitzer has concluded pay rises for employees in the United Kingdom, but further south the company is still attempting to terminate the collective workplace agreement that MUA and other tug workers rely on in Australia.
Mærsk skal lytte til de ansattes stemmer mere end nogensinde
"Hvordan kan det være, at Svitzer, Mærsks slæbe- og bugseringsafdeling, kan forhandle sig frem til en retfærdig lønstigning på mere end 10 procent med sine arbejdere i Storbritannien, imens man i Australien forsøger de at rive langvarige kollektive overenskomst i stykker for dets arbejdsstyrke,?” spurgte Kulsoom Jafri , ITF Maersk Network Koordinator og kampagneleder.
"Konsekvensen af at gøre det, er at man skubber disse arbejdere, pandemiens helte, ned på et absolut minimum af juridiske krav – herunder minimumsbesætninger ombord, der bringer liv i fare."
”Når fremtiden for shippingsektoren er usikker, har Mærsk nu mere end nogensinde brug for at lytte til de ansattes og deres fagforeningers stemmer, når vi rejser bekymringer. Mærsk har købt aktiver for milliarder, og Mærsk har opkøbt virksomheder i brancher, hvor dens ledere har meget mindre viden end de ansatte. Vi er som hvert år kommet til København i år, fordi de titusindvis af Mærsk-ansatte skal have en stemme. Og vi kræver handling og konsekvens fra Mærsk”, uddyber Kulsoom Jafri.
OM ITF:
Internationalt Transportarbejder Forbund (ITF) er en demokratisk, medlemsstyret sammenslutning af transportarbejderforbund. ITF kæmper hårdt for at forbedre arbejdslivet og forbinder fagforeninger og arbejdernetværk fra 147 lande med det mål at sikre rettigheder, lighed og retfærdighed for transportarbejdere. Medlemsmæssigt repræsenterer ITF næsten 20 millioner kvinder og mænd, der som ansatte i transportbranchen flytter verden.