Hoje é o ‘Dia do Marítimo’, um dia em que deveríamos celebrar os marítimos, mas este ano, enquanto os marítimos são tratados sem respeito pelos governos, há pouco para comemorar.
Este ano, a Federação Internacional dos Trabalhadores em Transportes (ITF), cujos sindicatos representam 1,4 milhão de marítimos do mundo, reconhece o Dia Internacional do Marítimo, mas comemorará somente quando os marítimos forem tratados com o respeito que merecem.
A ITF tomou essa decisão porque os marítimos do mundo foram esquecidos e negligenciados pelos governos de todo o mundo - que não se dispuseram a manter suas fronteiras abertas aos marítimos durante toda essa pandemia. Desapontaram como estados portuários, estados de bandeira, países de trânsito e mesmo como países de origem desses marítimos.
Alguns governos continuam a privar mais de 200.000 marítimos de seu direito de parar de trabalhar quando o contrato expirar, impedindo-os de sair dos navios e voltar para casa, recusando-lhes o acesso a tratamento médico necessário e a folga em terra. Os marítimos têm direitos como qualquer outro ser humano.
Os marítimos estão cansados, exauridos e, em muitos casos, ultrapassados seus limites físicos e mentais.
A crise de mudança de tripulação é um desastre humanitário.
Os marítimos são profissionais que se orgulham do trabalho que fazem e de sua contribuição para a prosperidade mundial e para o bem-estar das pessoas ao redor do mundo. Eles anseiam pelo dia em que os governos do mundo todo acordem e reconheçam essa contribuição, tratando-os com a dignidade e o respeito que merecem. Infelizmente, hoje não é esse dia.
Hoje não é dia de comemoração. Hoje é um dia para uma reflexão sóbria sobre como os marítimos continuam sendo negligenciados quando merecem muito mais. A ITF e os seus sindicatos se põem ao seu lado - basta.
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