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Trabalhadores da cadeia de suprimento global precisam de padrão internacional; sindicatos pressionam nesse sentido na Conferência Internacional do Trabalho

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Os trabalhadores em transportes são não raro a força de trabalho escondida nas cadeias de suprimento globais e veem violados com frequência seus direitos e condições de trabalho; no entanto, todo mundo depende de que cada ínfima porção de carga seja transportada por eles.  

Ao entregar a declaração dos trabalhadores para o comitê sobre trabalho decente nas cadeias globais de suprimento da referida conferência, em Genebra,  Catelene Passchier, da FNV, disse que o debate dizia respeito a “aceitar, compartilhar e executar responsabilidade. Não apenas por tudo sob seu controle direto, mas por tudo que se pode influenciar, uma vez que está ligado às suas atividades... Nas cadeias de suprimento globais, todo mundo está conectado, mas ninguém é responsável... As relações de poder claramente mudaram e um modelo de negócios altamente questionável emergiu’.

Os representantes da ITF na conferência culparam esse modelo de negócios pelos abusos trabalhistas e a escravidão moderna presentes na cadeia de suprimento da pesca e pelo dumping social na Europa, onde, por exemplo, caminhoneiros trabalhando sob acordos coletivos são substituídos por trabalhadores não domiciliados e sem acordos.

O secretário geral da ITF, Steve Cotton, e outros sindicatos globais presentes na conferência apoiam o lobby feito pela Confederação Sindical Internacional (CSI) por uma convenção da OIT (Organização Internacional do Trabalho) sobre trabalho decente nas cadeias de suprimento globais, de forma a compor a espinha dorsal de uma nova abordagem à regulamentação trabalhista e a sua correspondente aplicação.

Eles acreditam que isto pode ser alcançado mediante a identificação de lacunas de governança e o desenvolvimento de instrumentos já existentes. Eles assinalam a histórica Convenção sobre o Trabalho Marítimo da OIT, de 2006, a qual inclui disposições globais sobre inspeção laboral, recrutamento e o estabelecimento de salários mínimos para os marítimos.

Steve Cotton, a esse respeito, declarou: “Queremos enfatizar ao longo deste debate os dois conceitos que a ITF está promovendo para garantir a prestação de contas, a responsabilidade e a governança nas cadeias de suprimento globais. O ‘empregador econômico’ – a empresa líder na cadeia, que faz pressão sobre trabalhadores em transportes por meio de preços, tempos de entrega e intensa competição. E a ‘cadeia de responsabilidade’, que ajudará a identificar as lacunas de governança ao longo da cadeia e desenvolver padrões em todas as jurisdições”.

A conferência vai de 30 de maio a 10 de junho – e você pode acompanhar o seu andamento no site da CSI e no site da OIT.

Baixe o relatório da CSI: ‘Escândalo: Por dentro das cadeias de suprimento globais das 50 principais empresas’.

Descubra os achados da Pesquisa Global de Opinião da CSI sobre cadeias de suprimento.

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