A atividade da semana de ação no extremo oriente, que se deu entre os dias 6 e 10 de julho, deu-se no Japão, no extremo oriente da Rússia, na Coreia do Sul e em Taiwan. No Japão, equipes de inspeção visitaram 89 navios, reportaram falhas e perigos à segurança e agiram pelo pagamento de salários devidos, como era o caso em quatro navios.
Uma vez mais, os sindicatos japoneses fizeram um ato do lado de fora do escritório central da empresa de navegação Kotoku Kaiun Co Ltd para protestar contra a forma hostil como trata os sindicatos e contra a sua recusa em permitir que membros de sindicatos ou da ITF embarquem em seus navios. O coordenador da ITF no Japão, Fusao Ohori, relata que esta foi a 97ª semana de campanha desde 1984, sendo que a próxima está agendada para setembro.
Na Coreia do Sul, inspetores da ITF visitaram 11 embarcações, resolvendo uma questão de hora extra numa delas, trabalhando pelo pagamento de salários atrasados numa embarcação russa de bandeira cambojana e apoiando a repatriação de marítimos com contrato vencido.
O inspetor da ITF, com base em Vladivostok, Petr Osichansky, relata que foram visitadas 18 embarcações no extremo oriente da Rússia, com apenas três sendo cobertas por um acordo para os membros da tripulação aprovado pela ITF. O salário de alguns membros de tripulação havia caído junto com a desvalorização do rublo frente ao dólar. A Convenção do Trabalho Marítimo de 2006 (MLC) foi usada para que a tripulação obtivesse o pagamento de salários devidos.
Os resultados finais da semana de ação paralela que se deu em seis países ao redor do Mar Negro, além de Israel, foram de que equipes de ação sindical visitaram 205 embarcações em 29 portos, com mais de 3.110 tripulantes a bordo. Equipes de inspeção emitiram comunicados de alerta ao se depararem com embarcações que não seguiam acordos aprovados para a tripulação e informaram milhares de marítimos a respeito do trabalho da ITF, dos sindicatos de marítimos e dos seus direitos como trabalhadores.
Na Romênia, por exemplo, descobriu-se que 32 de 45 embarcações inspecionadas em três portos não faziam valer a Convenção do Trabalho Marítmo para seus membros. Na Turqia, a inspeção de uma embarcação com bandeira de Palau, em Hereke, levou à sua apreensão por não pagamento da tripulação, à qual eram devidos mais de duzentos mil dólares em salários não pagos. Em Tuzla, descobriu-se que a tripulação de uma embarcação com bandeira de Belize não recebia havia mais de três meses – e as equipes de inspeção vieram em seu socorro, o que incluiu a repatriação da tripulação que era principalmente russa.
Dando continuidade à campanha da ITF contra as embarcações em decrepitude que configuram aquilo que é chamado de “mar da vergonha”, foi constatado que a média de idade das embarcações era de mais de 22 anos – com navios com mais de trinta anos de idade tendo sido encontrados em alguns portos do Mar Negro.
Ao comentar isso na Romênia, o inspetor da ITF Adrian Mihalcioiu declarou que a semana havia sido um sucesso não apenas em chamar atenção dos proprietários de embarcações e as autoridades para a campanha da ITF, mas na ocupação de espaço nos meios de comunicação e no despertar do interesse público a respeito das condições dos marítimos que trabalham em condições abaixo do aceitável.
Sucessos das semanas de ação da ITF
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