Os 20 sindicalistas de Noruega, Japão, Reino Unido, Espanha, Hungria e Bélgica reuniram-se com membros da seção ferroviária da CGT, federação francesa, em Paris, no dia 8 de fevereiro. Laurent Brun, o recém-eleito secretário geral da seção ferroviária da CGT, foi um dos oradores da reunião, que também contou com a participação de Øystein Aslaksen, presidente da seção ferroviária da ITF.
Laurent Brun disse aos delegados o seguinte: “O governo francês não conseguiu reduzir a imensa dívida do sistema ferroviário. Ele já reduziu a rede ferroviária francesa e agora tenta criar um mercado aberto e reduzir as garantias sociais dos trabalhadores como forma de solucionar a dívida. Acreditamos que o governo tem a intenção de privatizar por completo a SNCF e criar um novo modelo econômico.
“A CGT pode mobilizar os trabalhadores do serviço ferroviário público para protestar contra os planos do governo e o fará. Saudamos a solidariedade e o apoio da família ITF de sindicatos de ferroviários”.
Desde que o mercado de carga da França foi aberto em maio de 2006, o tráfego de carga caiu 30 %. Em 2006, a SNCF carregou 40 bilhões de toneladas por quilômetro útil (t.km) – ao passo que, em 2017, as 15 empresas ferroviárias carregaram 28 bilhões de quilômetros por quilômetro útil no mercado de carga como um todo na França, numa queda de 20% desde o ano 2000.
O Sr Aslaksen comentou que a ITF se põe ao lado da CGT e dos seus membros, como parte de sua campanha por um transporte público de propriedade e investimento públicos, com empregos seguros e direitos sindicais para os trabalhadores.
Mês que vem a CGT distribuirá gratuitamente 500.000 cópias de um jornal para os passageiros do metrô na França toda para alertá-los a respeito das reformas planejadas. A entidade também está organizando uma manifestação em nível nacional no dia 22 de março, depois que o mau tempo levou ao cancelamento da que havia se planejado para 8 de fevereiro.
Leia mais a respeito da campanha da ITF, “O Nosso Transporte Público”.
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