Pronunciamento de ETF, ITF e IDC sobre a situação dos portos na Espanha

Há duas semanas, o Governo espanhol apresentou unilateralmente um decreto real sobre a reforma, ignorando o resultado de negociações anteriores entre as partes envolvidas. Consequentemente, as três organizações se empenharam numa série de ações para apoiar a luta dos portuários espanhóis, entre as quais estava prevista uma jornada de ação no dia 10 de Março de 2017, coincidindo com a greve convocada pelos sindicatos espanhóis no mesmo dia.

"Após as discussões com os nossos respectivos membros, as nossas três organizações decidiram suspender temporariamente o dia de ação anunciado, e os sindicatos espanhóis estão a fazer outra tentativa para ver se conseguem ter sucesso mediante negociações e pressão política: uma decisão que respeitamos. Nossas ações têm por fim apoiá-los e estamos obviamente prontos para refazer nossos planos de solidariedade forma a atender às necessidades que surjam da revisão da estratégia”, disse Terje Samuelsen, presidente da divisão de portuários da ETF.

As três organizações e os seus membros na Europa e em todo o mundo estão a manter todas as suas ações políticas para apoiar os nossos companheiros espanhóis.

Jordi Aragunde, Coordenador Geral da IDC, acrescentou: "Nós certamente não estamos deixando cair a guarda: todos nós estamos muito ocupados apoiando os membros da Espanha. O nosso objetivo é apoiá-los para que consigam uma reforma justa do trabalho portuário. Não é que eles se oponham à reforma, mas alguns dos termos estabelecidos pelo governo não são aceitáveis: estamos convencidos de que o trabalho portuário pode ser reformado sem a necessidade de grandes perdas de emprego e de trocar o emprego estável pelo emprego precário ".

Paddy Crumlin, Presidente da ITF e Presidente da Seção dos Portuários, concluiu: "A família dos trabalhadores portuários e dos trabalhadores do transporte continuará a demonstrar um enorme apoio aos portuários espanhóis, nessa luta emblemática contra a liberalização dogmática do trabalho, que afeta o movimento operário como um todo. E acompanhando muito de perto os acontecimentos em Espanha e estamos prontos a apoiar a luta por qualquer meio lícito ".