Já faz tempo que o Parat chama atenção para as condições precárias mantidas pela Qatar Airways. Suas alegações agora encontram reforço num novo livro, escrito pelo jornalista Pål Vegard Hagesæther, que revela as regras estritas que interferem na vida particular dos tripulantes da Qatar Airways.
Fritt fall (Queda livre) detalha violações de direitos, incluindo a demissão de comissárias no caso de engravidarem e a proibição de que os empregados se sindicalizem. Todos os empregados são obrigados a se hopedarem nos apartamentos da empresa, onde deve-se achá-los entre 4:00h e 7:00h, mesmo que não tenham voos agendados nesse dia; e há restrições quanto a que visitantes são aceitos nos apartamentos e quando podem visitar. Os empregados são obrigados a assinar contratos de três anos e são proibidos de se casarem, ter filhos ou se divorciarem nesse período.
O vice-presidente do Parat, Vegard Einan, declarou: “As práticas da Qatar Airways são contra as convenções da OIT e violam o acordo de livre comércio firmado entre a Noruega o Conselho de Cooperação do Golfo. São uma ameaça à livre concorrência na aviação civil, a qual também depende de condições de trabalho decentes.
“Nossa conclamação a que a Qatar Airways mude não deve ser confundida com protecionismo de forma a manter os concorrentes longe dos mercados europeu e norueguês. Na verdade, a concorrência legal é a porta de entrada do nosso mercado. A revogação do direito de a empresa operar rotas na Noruega enviaria um sinal claro a outros operadores no sentido de que não aceitaremos tais violações dos direitos trabalhistas.”
Em junho, a ITF e a Confederação Sindical Internacional (ITUC) levaram à Organização Internacional do Trabalho (OIT) uma queixa contra o Qatar por permitir que a Qatar Airways violasse e Convenção 111 da OIT, que cobre a discriminação no local de trabalho, da qual o país é signatário.
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