A ITF pediu o fim imediato do estado de emergência no Chile e a abertura de um diálogo genuíno com os sindicatos e com os grupos da sociedade civil, e prestou sua solidariedade internacional ao povo chileno em sua luta contra as ações repressivas do governo.
O secretário geral da ITF, Stephen Cotton, disse: “Primeiramente, precisamos que as forças armadas deixem as ruas do Chile e que o governo respeite o direito legítimo de o povo chileno protestar. Se isto não acontecer, então apoiaremos o pedido da ITUC de que duas importantes cúpulas a serem realizadas no Chile sejam canceladas: a cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico e a cúpula do clima, a COP. Recepcionar esses eventos deveria ser um privilégio não estendido a governos que não respeitam normas democráticas básicas.
“Em seguida, é preciso que o governo chileno se sente à mesa com os sindicatos e as organizações da sociedade civil, ouça o que eles têm a dizer e ponha em prática políticas que melhorem as vidas do povo do Chile. Falo de aumentar o salário mínimo, investir em serviços públicos, retirar o projeto de reforma tributária. Porque esses protestos não deveriam surpreender ninguém do governo do presidente Sebastián Piñera. São a consequência de políticas que cortaram serviços públicos, aumentaram a desigualdade e vitimaram os membros mais vulneráveis da sociedade.
“Por fim, saúdo e presto ao povo chileno a solidariedade dos 18 milhões de trabalhadores dos transportes representados pela ITF. Sua ação de reivindicar direitos democráticos do seu governo serve de inspiração, especialmente o papel desempenhado por seus sindicatos e pela sua juventude. Estamos prontos para apoiá-los da forma que nos for possível.”
Edgar Díaz, secretário regional interino da ITF para as Américas, acrescentou: “A ITF e os seus afiliados condenam o uso da força contra a população em geral pelo governo, que demonstrou sua completa intransigência ao persistir com as duras políticas neoliberais que afetaram gravemente o bem-estar econômico dos chilenos e levaram a constantes violações de seus direitos.
“Declaramos apoio a todos os sindicatos e organizações civis que exercem seu legítimo direito de protestar contra os aumentos dos preços dos transportes, que constitui uma violação do direito da população à mobilidade.
“A ITF e os seus afiliados continuarão a assegurar o respeito aos direitos humanos, aos direitos dos trabalhadores e a políticas que apoiem os direitos de mobilidade a todos.”
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