Muhammad Imran Ali, um caminhoneiro de 23 anos de idade, morreu aproximadamente às 04h00 de 21 de julho de 2019, após ter sido esmagado por um container que ia sendo baixado por cima dele enquanto dormia na parte de trás do caminhão.
O presidente do Grupo de Trabalho sobre Segurança e Saúde Ocupacional da Seção de Portuários da ITF, Steve Biggs, transmitiu os pêsames da comunidade internacional de portuários: “Hoje lamentamos a morte de outro trabalhador, que perdeu tragicamente sua vida nos Portos Hutchison no Paquistão. Nenhum trabalhador merece morrer no trabalho. Os nossos sentimentos para a família e os amigos de Imran.
“Dois trabalhadores foram mortos este ano no pátio da KICT, o que deveria levantar sérias questões a respeito dos procedimentos de gestão de tráfego e de pátio da Hutchison dentro do terminal e de como um incidente desses acontece.
“O relatório recebido do Sindicato dos Trabalhadores da KICT – nosso afiliado no terminal – pela Seção de Portuários da ITF destaca as preocupações da força de trabalho com a segurança no que tange à iluminação do pátio, aos sistemas de gestão de tráfego e ao número mínimo de conferentes empregados para gerenciar operações de pátio seguras,” disse Biggs.
As duas mortes no Paquistão este ano se seguem às mortes de cinco trabalhadores no Terminal Internacional de Contêineres de Jacarta (JICT), entre 2016 e 2018.
“É hora de que a Hutchison reconheça as suas falhas em segurança de local de trabalho, é hora de a empresa se consultar com o comitê de segurança dos trabalhadores quanto a como eliminar e minimizar os riscos e perigos, e é hora de a empresa aumentar seus esforços para melhorar os nossos locais de trabalho e torná-los mais seguros do que em toda sua história,” disse o presidente da ITF e de sua Seção de Portuários, Paddy Crumlin.
“As perdas de vidas nos portos Hutchison são vergonhosas. Eu peço para a empresa sentar-se e ouvir a respeito dos custos pessoais com os quais as famílias e amigos desses trabalhadores tiveram que arcar como resultado de seus entes queridos terem perdido a vida de maneira evitável em seus terminais.
“À luz dessas tragédias, e da carnificina que vimos em Jacarta, convidamos a gestão mundial da Hutchison a que revise os seus procedimentos de saúde e segurança no mundo todo e se comprometa com limpar a cultura de segurança da empresa ao longo de todas as suas operações globais,” disse Crumlin.
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