Federações sindicais globais e seus sindicatos afiliados do mundo todo montaram uma campanha intensiva para defender o direito inalienável de greve, que está sob bombardeio de grupos patronais na OIT (Organização Internacional do Trabalho).
Com o slogan ‘Às vezes é preciso dizer NÃO! Não toquem no nosso direito de greve!’ foi dada a largada nesta campanha mediante um dia internacional de ação, em 18 de fevereiro, com a campanha indo até a a reunião chave que tem início em 12 de março. Nesta reunião, será tomada a decisão a respeito do pedido do grupo dos trabalhadores de que haja um parecer da Corte Internacional de Justiça sobre o direito de greve no direito internacional.
A ITF e sua federação sindical global irmã, PSI (Public Services International), tomaram parte em ato em frente à OIT, em Genebra, assim como em frente aos escritórios de organizações patronais e de embaixadas consideradas chaves.
Entre as muitas outras ações de hoje, sindicatos de transportes de Bangladesh protestaram em frente ao Clube Nacional de Imprensa em Dhaka; na Bulgaria, a FTTUB escreveu a ministros e fez uma conferência para influenciar figuras chaves; sindicatos de transportes afiliados de Burkina Faso aderiram a uma marcha organizada por todas as confederações sindicais; e, na Índia, a Federação de Ferroviários da Índia organizou reuniões em locais de trabalho no país todo e escreveu ao governo, enquanto que a Federação Nacional de Ferroviários Indianos lançou uma campanha relâmpago que angariou muito apoio.
A FIT-CISL da Itália lançou um comunicado aos seus membros, abordou politicos e organizou um abaixo-assinado público; líderes sindicais da Jordânia fizeram eventos de lobby e conscientização na preparação para o dia e hoje organizaram uma manifestação; na Suíça, ativistas sindicais visitaram organizações de empregadores e as missões diplomáticas de Turquia, Angola e Índia; e, na Ucrânia, o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes mobilizou 60 dos seus locais e juntou mais de 150 marítimos para chegarem a uma resolução a ser entregue ao governo.
A secretária geral do PSI, Rosa Pavanelli, declarou que os regimes não democráticos atacaram sindicatos e todas as formas de ação de protesto, enquanto que os países industrializados buscavam negar aos trabalhadores do setor público o direito de greve ao expandir os serviços essenciais. Ela acrescentou que os acordos de livre comércio e os tribunais privados ad-hoc priorizam os interesses das empresas multinacionais, em detrimento do bem público , com vistas a substituir o sistema internacional baseado nos direitos humanos e em padrões laborais internacionais.
Ela concluiu dizendo o seguinte: “As cláusulas trabalhistas que se referem a padrões da OIT não são garantia de respeito aos direitos dos trabalhadores, se a autoridade da OIT continua sendo minada. É por isso que esse problema é prioridade para todos os trabalhadores.”
Steve Cotton, secretário geral da ITF, comentou que era essencial que cada um fizesse a sua parte para derrotar as tentativas de minar ou acabar com o direito de greve. Ele declarou que se trata de um direito humano básico conquistado a duras penas e que todos os sindicatos precisavam intensificar a pressão sobre a OIT.
Muitos sindicatos também recorreram ao radio para divulgar a questão, incluindo o Sindicato dos Trabalhadores de Barbados e o Sindicato do Serviço Público de Dominica, que transmitiram um programa de radio especial sobre o assunto. Muitos deles puseram a campanha em seus sites, incluindo o SIPTU da Irlanda, o sindicato de marítimos TDS da Turquia e a CGT Cheminots, da França, que lançou um site exclusivo sobre o assunto. Entre as atividades ininterruptas, o TUC da Líbia e líderes sindicais do país irão se reunir com representantes governamentais e empresariais para acordar uma carta conjunta a ser enviada à OIT, em apoio à Convenção 87 sobre o direito de greve.
Visite o site direito de greve para ver como seu sindicato pode ajudar a pressionar a OIT. Procure a hashtag #direitodegreve e use-a para se juntar às ações de mídia social da ITF e compartilhar o seu torrente visual de razões pelas quais o direito de greve é vital.
Veja mais detalhes sobre ações sindicais no site da ITUC e o site da PSI.
“Não toquem no nosso direito de greve” exige envolvimento de sindicatos globais na campanha
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