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A ITF acolhe a decisão da CIJ e clama por cooperação e ação global pelo fim da carnificina

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A Federação Internacional dos Trabalhadores em Transportes (ITF) acolhe a Ordem da Corte Internacional de Justiça (CIJ) no processo iniciado pela África do Sul contra Israel com relação à aplicação da Convenção para a Prevenção e a Repressão do Crime de Genocídio na Faixa de Gaza. A CIJ emitiu medidas provisórias compulsórias que visam abordar as evidências plausíveis de genocídio em Gaza, reconhecendo a necessidade urgente de proteção e intervenção para impedir danos irreparáveis à população de Gaza.

Em uma declaração, o presidente da ITF, Paddy Crumlin, enfatizou a gravidade da situação: "A decisão da CIJ ressalta as evidências convincentes apresentadas pela África do Sul que apontam para um possível genocídio em Gaza. As medidas provisórias são um passo crucial para proteger a vida da população de Gaza e pedimos a Israel que acate a ordem judicial.”  

O secretário-geral da ITF, Stephen Cotton, reiterou: "É imprescindível que Israel atue imediatamente de acordo com a Ordem da Corte para prevenir e garantir que seus militares não cometam atos de genocídio, condene o incitamento ao genocídio e facilite o fornecimento de serviços básicos e assistência humanitária aos palestinos em Gaza. A comunidade internacional deve se unir para garantir a imposição dessas medidas.”

A CIJ deu um prazo a Israel para que relate as medidas tomadas para cumprir a ordem, dando à África do Sul a oportunidade de analisar e responder ao seu conteúdo. A ITF reconhece o poder discricionário contínuo da Corte para considerar medidas provisórias adicionais conforme necessário.

A ITF conclama todos os Estados signatários da Convenção do Genocídio a cumprir sua obrigação comum de prevenir o genocídio, enfatizando a necessidade de rever o financiamento e o armamento das atividades militares de Israel, uma vez que as medidas provisórias são adotadas com base na constatação plausível de conduta genocida.

Cotton destacou a importância da cooperação internacional: "Esta Ordem reafirma a importância do estado de direito internacional e sua imposição efetiva. O Conselho de Segurança da ONU e todos os Estados-membros da ONU devem trabalhar juntos para garantir o cumprimento das medidas provisórias."

Além disso, a ITF apela ao promotor do Tribunal Penal Internacional para que acelere a investigação das alegações de crimes de guerra e crimes contra a humanidade cometidos tanto por Israel quanto por grupos armados palestinos. 

A ITF reitera seu apelo de longa data por um cessar-fogo imediato, a libertação incondicional de reféns civis de ambos os lados, o estabelecimento de corredores eficazes de ajuda humanitária e a entrega rápida de ajuda vital para atender às necessidades críticas de milhões de pessoas em Gaza.

Paddy Crumlin, presidente da ITF

Embora apoie a investigação interna da ONU na organização, a ITF pediu aos países que suspenderam o financiamento da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA) que reavaliem com urgência, devido à grave situação humanitária no local.

“Esperamos que um cessar-fogo urgente em Gaza abrande as hostilidades em toda a região, inclusive no Mar Vermelho, onde marítimos estão sendo vítimas inocentes do conflito em curso. Clamamos aos líderes mundiais que acabem com a carnificina – a paz deve prevalecer”, concluiu Crumlin.
 

Contatos para mídia:  media@itf.org.uk

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