Um estudo de amplo alcance feito pela Universidade Yale – encomendado pelo Fundo da ITF para os Marítimos – detectou níveis perigosamente altos de estresse mental entre os marítimos, e indicou como isso pode ser reduzido.
O estudo entrevistou 1.572 marítimos representando marítimos na ativa e de diferentes posições no mundo todo, de uma variedade de embarcações e bandeiras. Descobriu-se que nas duas semanas anteriores à enquete:
- 20 por cento haviam considerado suicídio ou infligir dano a si mesmos
- 25 por cento haviam experimentado depressão
- 17 por cento haviam experimentado ansiedade
O estudo também descobriu uma ligação entre a precariedade de saúde mental e uma maior propensão de sofrer lesões ou ficar doente a bordo. As possíveis causas identificadas pelo estudo incluem falta de treinamento adequado, exposição a violência ou ameaças de violência e pouca satisfação com o trabalho, entre outros fatores.
A fim de enfrentar a crise de saúde mental no mar, o estudo segue adiante e recomenda:
- Melhora do apoio dado aos cadetes, com treinamento apropriado e a melhora dos procedimentos de queixa
- Esforços para desestigmatizar a saúde mental na cultura das empresas
- Trabalho para reconhecer e intervir de forma a abordar a violência no local de trabalho
Dave Heindel, presidente do Fundo dos Marítimos e da Seção dos Marítimos da ITF, comentou: “Quanto mais falarmos de saúde mental, mais reduziremos o estigma associado a ela. Este relatório nos ajuda a entender os fatores que contribuem e provê uma base para reivindicar algumas mudanças fundamentais na maneira como opera a indústria da navegação.
“Isto deve ser entendido como um chamado para todos agirem na indústria da navegação. De nossa parte, a ITF e seus afiliados irão compartilhar esses achados o mais amplamente possível para atrair atenção a este problema – bem como usá-los para fazer lobby perante a indústria para que haja mudanças sistêmicas no ambiente de trabalho a bordo dos navios.”
O relatório está disponível aqui.
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