Desde o outono de 2017, a Amazon tem estado numa prolongada busca de sua segunda sede, levando uma série de cidades dos EUA a uma guerra de propostas de forma a apresentar o pacote de bem-estar empresarial mais atraente. Em novembro de 2018, a companhia anunciou que havia decidido por Nova York, após autoridades municipais e estaduais oferecerem ao redor de US$ 3 bi em isenções fiscais e subsídios públicos.
A decisão recebeu forte oposição dos novaiorquinos, incluindo a International Brotherhood of Teamsters, que representa milhares de trabalhadores da cidade. Críticos do plano assinalaram os deploráveis padrões trabalhistas da Amazon e sua persistente recusa em reconhecer direitos sindicais, questionando por que uma das maiores empresas do mundo deveria se beneficiar ao mesmo tempo de isenção fiscal e bem-estar empresarial. O Teamsters exigiu que a Amazon concordasse com um processo justo para que seus empregados formassem sindicatos antes de que a nova sede fosse erguida.
Em 14 de fevereiro, a Amazon anunciou que não levaria adiante a instalação de seu segundo escritório em Nova York.
Stephen Cotton, secretário geral da ITF, disse: “O fato de que a Amazon preferiu abrir mão do plano para sua sede do que respeitar os direitos dos trabalhadores mostra quão deploravelmente antissindical vem a ser esta empresa. A Amazon é culpada por algumas das piores práticas da economia global, combinando um total desprezo por sua mão de obra com um desprezo igual por pagamento de impostos.”
“O Teamsters e seus aliados do movimento trabalhista dos EUA fizeram um grande trabalho em resistir ao bem-estar empresarial. Se a Amazon quer limpar sua reputação, então as lições são claras: respeitar os direitos sindicais básicos de seus trabalhadores e parar de se esbaldar com dinheiro do contribuinte.”
A ITF apoia a aliança de organizações trabalhistas, incluindo ITUC e UNI Global Union, dedicadas a conquistar direitos sindicais para os funcionários da Amazon.
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