Portuários em locais administrados pelas operadoras portuárias globais Hutchison e DP World em Buenos Aires, Argentina, expressaram o seu apoio incondicional aos companheiros e companheiras cujos empregos correm risco como resultado da reforma portuária que se propõe na Espanha.
Do porto, Crumlin declarou: "Estes trabalhadores reconhecem que a luta em defesa de um dos nossos sindicatos de portuários é a luta por todos eles, quer se seja por um trabalhador na Argentina, na Espanha ou em outro lugar. Eles se veem como parte de uma forte família sindical, de alcance mundial, que é exatamente o que eles são. Essas reformas portuárias são descuidadas e mal orientadas, sendo a nossa robusta resposta global um reflexo disso".
A ITF tem um programa contínuo de apoio aos portuários do mundo todo para que se fortaleçam sindicalmente, lidem com os desafios da automação e lutem contra a espiral descendente da perda dos padrões de saúde e segurança.
Crumlin continuou: "Tenho ouvido diretamente dos trabalhadores a respeito de suas lutas diárias contra a ameaça da automação. Sejamos claros, a automação nos portos é frequentemente usada como uma tática para acabar com os sindicatos. O mito é de que poupa dinheiro quando, na verdade, sabemos que pode ser um desperdício do dinheiro dos acionistas, uma vez que os alugueis de guindaste podem cair num terminal automatizado".
"Junto com a iniciativa antissindical do governo espanhol, a corporação Patricks, da Austrália, inicia, mais uma vez, uma terceirização do trabalho dos estivadores para enfraquecer a mão de obra sindicalizada de Port Botany, no mesmo país, sob o pretexto de aumentar a produtividade e a jurisdição legal. Na verdade, tais iniciativas refletem o desejo de alguns empregadores e governos de reduzir o poder dos sindicatos e, por conseguinte, a voz da mão de obra. Isto é parte de uma guerra aos trabalhadores e é assim que nós da ITF consideramos tais medidas".
"A QUBE e a Brookfield, que recentemente compraram a Patricks, não terão permissão para basear sua competitividade solapando os direitos existentes dos trabalhadores – e o mesmo se aplica ao governo espanhol".
"Trabalhadores e trabalhadoras lutam por suas famílias, sua dignidade e seus direitos humanos básicos, e têm apoio incondicional à medida que portuários, marítimos e trabalhadores em transportes da ITF seguem a lutar".
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