Em 4 de maio de 2016, sindicatos marítimos afiliados à CONTTMAF (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte Aquaviários e Aéreos, na Pesca e nos Portos) votaram pelo início da greve que irá impactar navios operados pela Transpetro, uma subsidiária da Petrobras.
Em vez de dialogar com os sindicatos, a Petrobras está se utilizando da situação política incerta do Brasil para enfraquecer a lei que defende o direito à greve. Representantes da companhia têm informado membros da tripulação que forças militares podem ser utilizadas para desembarcar trabalhadores em greve. Além disso, capitães têm recebido ordens para negar o acesso de líderes sindicais que vão aos navios visitar os trabalhadores em greve.
A ITF comunicou-se com Guy Ryder, Diretor Geral da Organização Internacional do Trabalho – OIT, para solicitar uma intervenção urgente junto ao governo do Brasil.
Severino Almeida, presidente da CONTTMAF e do SINDMAR (Sindicato Nacional dos Oficiais da Marinha Mercante) afirmou: “Eu sou líder sindical por 30 anos e nunca havia testemunhado ameaças tão agressivas e ilegais aos direitos dos trabalhadores. Isto viola tanto as nossas leis quanto as internacionais”.
Paddy Crumlin, Presidente da ITF, disse: “É negligente ao extremo que a Petrobras esteja tentando e usando a situação política do Brasil para atacar direitos de trabalhadores. O Brasil foi contruido por meio de serviços nacionais marítimos seguros, profissionais e altamente qualificados com base no comprometimento, na coragem e desejo dos trabalhadores marítimos de contruir o país. Os trabalhadores estão pedindo apenas a justa distribuição do bem estar e garantias face a distorções provenientes de um possível processo de privatização. Nós queremos um acordo justo. É responsabilidade de todos nós intervir e parar este tipo de ameaça pelo bem de todos os trabalhadores, pelo interesse nacional do Brasil e pela segurança econômica”.
O presidente da seção de marítimos da ITF, Dave Heindel, disse: “Esta é uma tentativa de intimidar os trabalhadores marítimos no Brasil que estão se manifestando para defender a indústria que é responsável por manter suas famílias e para a qual dedicam 50% de sua vida adulta produzindo para a economia nacional. A OIT deve se envolver imediatamente antes que algo ainda mais sério aconteça e os direitos trabalhistas no Brasil sejam gravemente violados”.
Para mais informações sobre a greve, acesse: goo.gl/F7hMrX .
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