Sua detenção seguiu-se à de dois outros líderes sindicais no dia 16 de janeiro, sob as mesmas acusações - - Jean Collins Ndefossokeng, presidente nacional do Sindicato nacional dos Empregados do Setor de Transportes Terrestres (SYNESTER), e Joseph Deudie, presidente do SYNACPROCAM. Os dois estão sob a guarda do Grupo de Intervenções Móveis do Iaundé, a força de segurança.
A ITF e todos os sindicatos de transportes rodoviários de Camarões já haviam escrito para o primeiro ministro e o ministro do Trabalho e Previdência Social para exigir a imediata libertação de Ndefossokeng e Deudie.
Os dois sindicatos haviam planejado uma greve para o dia 19 de janeiro, inicialmente programada para 5 de janeiro, para protestar contra mudanças impostas pelas seguradoras aprovadas pelo Estado. As seguradoras mudaram a frequência dos pagamentos de prêmio de donos de veículos de um mês para três e agora recusam-se a indenizar os motoristas em caso de acidente. Ao organizar uma greve, os sindicatos haviam seguido todos os procedimentos legais de Camarões.
Em sua carta ao primeiro ministro M Philemon Yang, o secretário geral da ITF, Steve Cotton, disse o seguinte: “Duvidamos desta alegação [atos de terrorismo] uma vez que é frequente que sindicalistas sejam rotulados de ‘terroristas’ por participarem de ações legítimas para proteger os interesses dos membros do sindicato.
“Os demais sindicatos de Camarões estão respondendo a esta prisão arbitrária organizando protestos pela imediata libertação dos dois líderes sindicais. A ITF apoia plenamente a exigência deles e solicita a intervenção do senhor para que sejam libertados de maneira imediata e incondicional.”
SYNESTER e SYNCPROTCAM convocaram uma reunião de emergência com todos os sindicatos de transportes terrestres de Camarões para planejar a resposta a ser dada e desenvolver um apoio solidário para os sindicalistas presos.
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