Os dois renunciaram no domingo, após altos oficiais da polícia e do exército o terem exigido, após semanas de distúrbios e violência por ocasião de sua vitória eleitoral em 20 de outubro, fugindo ambos do seu país para o México, tendo recebido ameaças pessoais das forças armadas e das forças policiais e de manifestantes de extrema direita, que perpetraram uma série de ataques aos seus apoiadores e às residências destes.
“A ITF, hoje, se une ao restante da comunidade sindical internacional em denunciar este golpe que derrubou um governo democraticamente eleito e forçou o presidente e vice-presidente a buscarem asilo político no México”, disse o secretário geral da ITF, Stephen Cotton.
Ao contrário das declarações pós-eleitorais da Missão de Observação Eleitoral da Organização dos Estados Americanos (OEA), e da subseqüente declaração do presidente Trump, uma análise estatística feita pelo Centro de Pesquisa Econômica e Política (CEPR) não encontrou evidência de irregularidades ou de fraude afetando o resultado oficial.
Hoje, o presidente da ITF, Paddy Crumlin, fez suas as palavras da Confederação Sindical das Américas (TUCA).
“A crise política da Bolívia nos faz lembrar dos tempos dos golpes, da violência política e de se punir a decisão soberana do povo, coisas que requereram muito esforço para serem deixadas para trás. De forma que nos solidarizamos com o povo da Bolívia e exigimos que seja dado ao povo da Bolívia o seu direito democrático de votar em uma eleição livre, transparente e irrestrita, a fim de eleger seus líderes”, disse Crumlin.
A ITF, bem como os seus sindicatos afiliados no mundo todo, clamam por paz, justiça e por um fim da violência que ameaça a estabilidade e a democracia na Bolívia, e que se respeite a insistência do presidente Morales em que se realizem novas eleições para que o povo boliviano determine seus futuros líderes.
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