No dia 13 de dezembro, Park Won-ho, presidente do KPTU-TruckSol, a Divisão de Solidariedade dos Caminhoneiros do Sindicato Coreano dos Trabalhadores do Serviço Público e dos Transportes, teve recomendada uma sentença de dois anos, que somente deve ser proferida a partir de 19 de janeiro de 2017. Han Sang-gyun, presidente da Confederação Sindical Coreana (KCTU), foi sentenciado a três anos de prisão e multa de 500.000 wons ao término de seu julgamento em segunda instância, enquanto que o secretário do KCTU, Bae Tae-sun, foi sentenciado a 18 meses com multa de 100.000 wons.
Tal desdobramento é de espantar, dado que o governo de Park Geun-hye, vigente durante o ataque aos sindicatos que levou a esses julgamentos, caiu em completo descrédito em função de vasto abuso de poder. Em resposta a maciças manifestações, a Assembleia nacional coreana votou pelo impeachment da presidente em 9 de novembro.
A ITF escreveu uma exposição “amicus curae”para servir de apoio ao recurso contra a sentença dada a Cho Sung-deok, um vice-presidente do KPTU. O sr Cho foi condenado em julho de 2016 a dois anos de prisão por acusações relativas a ter participado em duas manifestações em agosto e novembro de 2015 contra as reformas do mercado de trabalho promovidas pelo governo coreano.
Através dessa exposição “amicus”, que foi apresentada em 12 de dezembro, a ITF demonstra, do ponto de vista do direito internacional, que as acusações contra o sr. Cho devem ser retiradas ou que sua sentença deve ser reduzida ou suspensa. O documento jurídico defende o direito ao protesto pacífico, argumenta que houve abuso de leis sobre conspiração e alega que as sanções impostas ao sr. Cho “são excessivas e baseadas em alegações infundadas ou exageradas”.
O diretor de assuntos internacionais do KPTU, Wol-san Liem, disse à ITF: "Agradecemos muito pelo seu apoio neste assunto enquanto enfrentamos todos esses ataques aos sindicatos coreanos".
"Após a votação do impeachment da presidente Park, o Sindicato KPTU dos Ferroviários Coreanos (KRWU) terminou sua greve de mais de 70 dias, reconhecendo a necessidade de mudança de táticas, dado que não há governo com quem negociar".
Rob Johnston, secretário geral assistente da ITF, comentou a injustiça das sentenças de terça-feira. Ele disse que os sindicatos da ITF gostariam de expressar sua solidariedade e pediu para que ITF continue dando seu apoio. Ele reiterou que o apoio à luta dos sindicatos coreanos por direitos sindicais e humanos havia sido uma das principais prioridades na recente conferência da seção de rodoviários e ferroviários da ITF em Bruxelas, em 8 e 9 de dezembro.
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