Organizada pelo sindicato global PSI (Public Services International) a cúpula foi a plataforma de lançamento do relatório Esquemas fiscais da Chevron: canalizando lucros para fora da Austrália? – que revela a extensão da evasão fiscal empreendida pela companhia em seu maior empreendimento global, o projeto Gorgon de gás, na Austrália.
Este estudo sobre os esquemas fiscais da Chevron é o mais recente exemplo de como algumas multinacionais sonegam impostos e asfixiam os serviços públicos.
O relatório desvela o que o governo australiano perde de arrecadação fiscal por meio de esquemas complexos de partilha de lucros. Ao mesmo tempo em que há relatos de que a Chevron separou 352 milhões de dóláres australianos para encerrar o atual processo jurídico movido pela Escritório de Arrecadação Fiscal da Austrália (ATO), a empresa desenvolve um novo esquema de sonegação fiscal. Estima-se que este empréstimo a juros altos da subsidiária de Delaware chegue a mais de 35 bilhões de dólares australianos.
O novo esquema fiscal está sendo auditado pelo ATO. É provável que a Chevron, assim como outras empresas petrolíferas atuantes na Austrália, seja convocada para depor numa comissão parlamentar de inquérito do Senado australiano sobre sonegação fiscal.
O presidente da ITF, Paddy Crumlin, conclamou governos do mundo todo para fecharem os buracos na legislação dos quais a Chevron e outras empresas se aproveitam.
“Para que a população confie na integridade dos sistemas fiscais, é preciso que eles sejam transparentes e justos,” ele declarou. “O gás a ser extraído das águas australianas e vendido fora do país é patrimônio do povo australiano, o qual se deve beneficiar por meio de empregos e arrecadação fiscal.
“Se a Chevron e outras multinacionais assumissem seu ônus, a verba governamental para escolas, hospitais e outros serviços essenciais não precisaria ser cortada”.
Investigação sobre a Chevron é iniciada durante cúpula sobre impostos laborais
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