O Sindicato dos Trabalhadores de Transporte em Massa do Panamá (SITMAPA) iniciou greve porque o governo não cumpriu uma decisão arbitral que obriga a estatal MiBus a pagar aos trabalhadores horas extras devidas desde 2010, num total de US$ 2.8 bilhões, até 31 de outubro de 2015. Estima-se que outros US$ 16 milhões sejam pagos como participação por a empresa ter se tornado uma subsidiária da nova companhia Metro Company. É dito que este dinheiro virá da venda de ações do metrô.
O SITMAPA também relatou que o governo estava tentando remover o seu secretário geral, Antenor Guadamuz, e que Guadamuz e oito outros sindicalistas foram presos no dia 9 de novembro, simplesmente por exercerem o direito de greve. As ações se dão num momento em que os sindicatos do Panamá se preparam para uma greve geral contra a postura antissindical do governo, no mês que vem.
Nesta carta endereçada ao presidente Varela, Cotton declarou que tal ação constituía uma clara violação das convenções da OIT sobre liberdade de associação e o direito de greve, que o Panamá havia ratificado. Cotton descreveu a ratificação como “um sinal muito positivo, de um país com um futuro luminoso”, que seria a eleição do país para o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, e conclamou Varela a fazer uso de seu cargo para garantir que fossem respeitados os direitos e a liberdade de todos os cidadãos do Panamá.
Cotton escreveu: “Os trabalhadores da MiBus tem tido os seus direitos violados desde 2010. É perturbador que, em vez de multar a empresa responsável por isso, o estado processe os trabalhadores que defendem seus direitos de maneira legal.
“Portanto, lhe pedimos de maneira incondicional que respeite a liberdade de associação e as leis de seu país. Exigimos que os representantes da empresa sejam punidos por não cumprirem com a decisão arbitral e que faça alguma coisa com relação àqueles que prenderem ilegalmente os representantes sindicais.”
Após reunião na presidência, o governo deu sinal de que iria finalmente pagar aos trabalhadores as horas extras devidas até 23 de dezembro.
Cotton pede ação quanto aos trabalhadores da MiBus
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